
A Xiaomi é mundialmente reconhecida por seus produtos com preços acessíveis e de boa qualidade. A fabricante já chegou a ser considerada a “Apple oriental” e, inclusive, seu CEO era conhecido como o "Steve Jobs da China". Recentemente, a empresa anunciou seu retorno ao Brasil com smartphones e outros eletrônicos. No entanto, apesar do atual sucesso, a marca chinesa também já enfrentou alguns problemas envolvendo propagandas, ações e até acusações de plágio.
1. Excesso de propagandas nos celulares
Uma das principais características dos aparelhos da Xiaomi é sua interface personalizada sobreposta ao Android, a MIUI. A modificação do Android desenvolvida pelos chineses antecede inclusive a fabricação de telefones da marca, sendo uma alternativa que se difere bastante da experiência mais comum do sistema do Google.
Porém, a empresa já foi acusada de espalhar propagandas por toda a interface do sistema de seus aparelhos, na chegada da versão 8.9.13 da MIUI. Segundo o site The Verge, a utilização massiva de propagandas é uma das estratégias da Xiaomi para conseguir oferecer aparelhos por um preço tão atraente.
2. Cópia da Apple
Outra característica marcante da Xiaomi é oferecer dispositivos que por vezes lembram muito os aparelhos da Apple. As coincidências não ficam apenas no design e na proposta dos dispositivos, mas também no hábito comum de identificar os aparelhos mudando apenas o prefixo de seus nomes.
Essa fama de copiar a Apple parece não incomodar os chineses, já que durante muito tempo seu CEO, Lei Jun, procurava se vestir de maneira muito similar ao figurino do saudoso CEO da Apple, Steve Jobs, para realizar as apresentações de novos dispositivos da marca.
Mi Notebook Air: qualquer semelhança com o MacBook não é mera coincidência — Foto: Divulgação/Xiaomi
3. Acusada de guardar tráfego de dados
Assim como outras fabricantes de smartphones chinesas, a Xiaomi também foi acusada de praticar espionagem. Em 2014, uma empresa de soluções de segurança chamada F-Secure realizou testes com o Redmi 1S e constatou que, mesmo sem realizar o login na Mi Cloud, equivalente ao iCloud da Apple, o dispositivo da Xiaomi encaminhava informações a um servidor da empresa. Portanto, quando conectado à Mi Cloud, dados dos contatos, mensagens recebidas, número de telefone e IMEI do aparelho também foram encaminhados.
Na ocasião, o vice-presidente internacional da empresa era o brasileiro Hugo Barra, que não só afirmou categoricamente que a empresa não realizava o upload de informações pessoais dos usuários, como também disse que o Mi Cloud por padrão vinha desabilitado nos aparelhos da fabricante.
Serviço de nuvem para dispositivos da Xiaomi — Foto: Reprodução/Thiago Rocha
4. Propaganda controversa na Ásia
A Xiaomi realizou uma campanha promocional para seu smartphone, Mi 9 SE, que causou polêmica recentemente. No vídeo, inicialmente divulgado pelo Twitter, um homem, deitado com uma mulher ao lado, está acordado e conversando por mensagem, em um diálogo que parece indicar infidelidade. Mas o que causou desconforto foi que, para responder, o protagonista retira uma das mãos debaixo dos lençóis.
Esse movimento até passaria despercebido para alguns, não fosse o título da postagem da Xiaomi, que denota as intenções duvidosas do personagem. No vídeo, a marca ainda reforça que, se ele usasse o novo celular, poderia manter a outra mão ocupada seja lá com o que fosse. O que aparentemente foi uma tentativa de brincadeira acabou não pegando bem.
Mi 9 SE teve comercial polêmico para mostrar usabilidade acessível — Foto: Divulgação/Xiaomi
5. Usar financiamento coletivo para lançar produtos
A Xiaomi é uma empresa que atira para todos os lados quando se fala em eletrônicos. Mas, principalmente depois da grande perda de valor sofrida pela empresa em 2016, hoje a marca tenta ser um pouco mais cautelosa no investimento em novos projetos.
Apesar de ser uma das maiores empresas de tecnologia do mundo, a Xiaomi usa o financiamento coletivo para promover a produção de produtos mais segmentados. Atualmente, a empresa tem seu próprio site para financiamento de produtos: o Mi Crowdfunding. O site recebe regularmente novos dispositivos, que podem ser incentivados e comprados por meio de uma espécie pré-venda.
Um dos dispositivos que chegou ao mercado por meio de financiamento coletivo — Foto: Divulgação/Xiaomi
6. Celulares pegando fogo
Não foi só a Samsung que enfrentou problemas com celulares explosivos. A Xiaomi também possui um pequeno histórico de aparelhos que esquentaram a ponto de causar acidentes. Eventos comMi A1 e Mi 4 foram os que mais chamaram atenção, com usuários relatando que os aparelhos explodiram quando estavam carregando. Uma das situações foi registrada por câmeras de segurança, e o vídeo foi usado pelo próprio cliente para contatar a fabricante. Nesse caso, a marca enviou um novo aparelho ao usuário.
Xiaomi Mi A1 foi um dos aparelhos apontados como explosivos por alguns usuários — Foto: Reprodução/Isabela Cabral
7. Celular transparente fake
Em maio de 2018 a Xiaomi lançou o Mi 8. Uma das versões do aparelho era a Explorer Edition, que tinha como grande diferencial um painel traseiro transparente que prometia mostrar os componentes internos do dispositivo.
Porém, depois de algumas análises, foi descoberto que não seria possível exibir as peças nas posições em que estavam sendo visualizados. A própria Xiaomi reconheceu que o que é exibido na traseira do Mi 8 não é a representação fiel dos componentes do aparelho, mas sim uma perspectiva mais entusiasta deles.
Fonte: Tech Tudo