Realme GT2 Pro REVIEW: quase lá!:
- Agencia X10
- 19 de mai. de 2022
- 6 min de leitura

Depois de cerca de uma semana testando o novo top de linha da Realme, o GT2 Pro, posso dizer sem dúvidas que ele é uma supermáquina, mas por mais que a minha experiência com ele na maior parte tenha comprovado o que esperava quando olhei as especificações no papel, algumas coisas importantes me deixaram com a sensação de que por algum motivo a Realme lançou esse possante aqui com um pézinho no freio – ou melhor, com um controle de cruzeiro impossível de desativar. Agora que ele está sendo lançado oficialmente no Brasil, aqui está a minha análise completa, então leia até o fim para entender o que me deixou com essa impressão.
Prós
Tela AMOLED LTPO2 excelente
Desempenho realmente de ponta
Bateria de boa duração
Design diferenciado e bonito
Carregamento rápido de 65W
Contras
Limite de 60 fps nos jogos compatíveis com 120 fps
Sem proteção contra água
Sem recarga wireless
Câmeras boas, mas ligeiramente abaixo da concorrência
Design e extras
O design do Realme GT2 Pro tem algumas coisas diferenciadas, especialmente se você pegar essa edição especial aqui assinada pelo designer japonês Naoto Fukusawa. Nela, além de tanto o celular quanto o case incluso na caixa virem com a assinatura, o principal diferencial é o material da traseira, feita de um biopolímero que reduz a quantidade de plástico no aparelho para quase zero, ou seja, tem a proposta de ser melhor para o ambiente.
Esse material tem uma textura áspera que, segundo a marca, foi feita para lembrar a sensação de papel, tanto que as duas cores disponíveis nesse modelo chamam Paper Green, para um verde, e Paper White, para esse branco aqui. Pra mim, a sensação parece mais a de uma calça jeans, mas o que importa é que isso impede o aparelho de deslizar na sua mão como o vidro deslizaria e também não pega marcas de dedos.
A desvantagem é que, embora eu não tenha ficado com ele tempo o suficiente para ver se isso vai mesmo acontecer ou não, eu aposto que com o tempo essa textura vai pegar uma sujeirinha encrustada, especialmente nessa cor branca. Mais um motivo para usar a capinha inclusa, suponho.
Nos outros pontos do design, temos um corpo todo em metal com acabamentos bonitos, uma entrada USB-C embaixo, o botão de energia no lado direito e a alavanca de volume na esquerda, uma posição que não me agrada muito porque eu tendo a apertar sem querer. Se você tomar cuidado com isso, não vai se rum problema. A tela em vidro reto com proteção Gorilla Glass Victus, bordas pequenas e a câmera frontal em um furo no canto também contribuem para a sensação premium do aparelho.
Dimensões (A x L x E): 16,32 x 7,47 x 0,82 cm (mais espesso nas câmeras);
Peso: 189 gramas (edição assinada) ou 199 gramas (edição normal).
Seja como for, esse é um celular grande e pesadinho, mesmo nessa edição especial que é mais leve que a normal, então considere isso se você for do time que prefere aparelhos mais compactos. Em todo caso, pelo menos o leitor de digital é ótico e fica sob o vidro, em uma posição fácil de alcançar mesmo para quem tem mãos pequenas. Nos primeiros dois dias, ele me deixou um pouco frustrado porque quase nunca reconhecia meu dedo de primeira e só debloqueava na segunda tentativa, mas depois disso parece que o celular aprendeu de vez a minha biometria e passou a desbloquear rapidinho e sem problemas.
O áudio é outro ponto legal, já que ele conta com alto-falantes estéreo, um voltado para a frente ali no topo da tela, e outro para baixo. A qualidade sonora é bem boa, o volume é forte e a qualidade sonora se manteve equilibrada e livre de distorções mesmo quando o áudio estava no máximo. Só não tem entrada para fones com cabo aqui, o que infelizmente já é comum no segmento de ponta.
O que falta para o design desse aqui realmente competir com o de outras máquinas no nível dos top de linhas é o carregamento sem fios e a certificação de resistência a água, que são duas coisas que o Realme GT2 Pro não tem.
Interface
Antes de seguir para outros pontos mais relevantes, vale também mencionar que esse modelo já vem rodando de fábrica o Android 12 com a Realme UI 3.0. Visualmente, esse software é diferente de outras versões tanto nos ícones quanto na organização dos menus, mas que na prática tem uma usabilidade e basicamente todas as mesmas opções de customização e recursos com os quais a gente já está acostumado no sistema do robozinho verde.
Sistema operacional: Android 12 (Realme UI 3.0).
Uma vantagem desse aqui em comparação com os antecessores é que enquanto nos modelos anteriores a Realme tinha prometido duas atualizações para a versão do Android e três anos de updates de segurança, no GT2 Pro a promessa é de três nova versões da plataforma e quatro anos de novidades de segurança. Lembrando que isso não quer dizer que as atualizações vão chegar logo, então não compre somente com base nessa esperança, mas é bom ter isso em mente de qualquer forma.
Câmeras
Chegando nas câmeras, aqui o Realme GT2 Pro traz algumas coisas diferentes, mas vamos começar falando do básico. Na traseira são três sensores: um principal de 50 MP com estabilização ótica, um ultrawide também de 50 MP com um modo especial para ângulos de 150º e um microscópico de 3 MP para fotos com até 40x de aproximação. Pois é, não é zoom para ver coisas de longe. Se você quiser isso vai ter que usar o zoom digital na lente principal, o que perde qualidade, mas eu já entro em mais detalhes sobre isso.
Câmeras traseiras: principal de 50 MP com f/1.8, PDAF multidirecional e OIS + ultrawide de 50 MP com f/2.4 e ângulo de até 150º + microscópica de 3 MP com f/3.3 + flash dual-LED e HDR.
Por padrão, as câmeras traseiras fazem ótimas fotos de dia, com bom detalhamento, cores equilibradas e HDR ótimo. A ultrawide perde um pouco de detalhes nos cantos, mas continua entregando fotos diurnas ótimas no modo normal, sem distorções nos cantos. Se você quiser, pode aumentar o nível de detalhamento de ambas as lentes usando o modo 50 MP, que usa a resolução máxima e troca de um HDR um pouco pior, mas entrega bons resultados.
Principal e ultrawide no modo normal durante o dia:
Galeria 2
Principal e ultrawide no modo 50 MP durante o dia:
Galeria 3
De noite, o modo de fotografia automaticamente já ativa uma configuração especial para entregar resultados com uma qualidade até que legal e poucos ruídos nas duas lentes, mas ativando o modo Noite a exposição aumenta mais um pouquinho para imagens um pouco mais claras. Ou seja, até aqui tudo legal.
Principal e ultrawide de noite em modos diferentes:
Galeria 4
O conjunto de lentes do Realme GT2 Pro também vem cheio de funções diferenciadas, que a gente não vê em muitos celulares aqui no Brasil pelo menos. A primeira é a função microscópio, que usa a lente dedicada para tirar fotos extremamente perto de objetos. Não serve como zoom ótico e nem como macro porque você precisa praticamente encostar no objeto para conseguir focar, e o celular vai usar seu flash duplo para garantir que não fique tudo escuro por isso. Acertando a distância do foco e a iluminação, até dá para tirar umas fotos legais da textura do que você quiser, mas não é algo que eu imagino que você vá usar o tempo todo.
Modo microscópio (+ foto normal do objeto):
Galeria 5
Esse, aliás, é meio que o lema da maioria dos recursos extras de câmera desse celular. Legal, mas você vai usar pouco. Outro exemplo é o modo de 150º da câmera ultrawide, que usa o máximo da abertura da lente para fazer e abraça mesmo a estética com bordas distorcidas, contanto até com um modo olho de peixe para quem quiser um efeito extra. De noite as imagens ficam mais escuras nesse modo, mas ainda têm boa qualidade. É legal se você for fã dessa estética.
Modo 150º e olho de peixe:
Galeria 6
O modo Foto 3D, que permite transformar uma foto em um vídeo curto com um de 4 efeitos que brincam com a profundidade da sua imagem. Tem o zoom dramático dos filmes do Hitchcock, um efeito giratório, outro que balança para os lados e outro que faz um movimento diagonal se afastando. Às vezes o resultado dos efeitos sai legal, à vezes parece que o celular só tá sacudindo uma foto parada e às vezes, se a cor do seu objeto central for parecida com algo no fundo, ele pode dar uns erros esquisitos.
Fonte: Tecmundo





































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